segunda-feira, 28 de setembro de 2009

NORMOSE

Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se "normaliza", quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder sobre nossas vidas? Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Então, como aliviar os sintomas desta doença? Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as> regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada. Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Michel Schimidt> Psicoterapeuta

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

JOGAR TETRIS MODIFICA O CÉREBRO



Cientistas podem ter descoberto que o jogo inventado por russos no século passado ajuda no desenvolvimento do cérebro e faz crescer a massa cinzenta dos seus aficionados.
O estudo foi realizado pela Blue Planet Software - detentora dos direitos do jogo - em conjunto com a Mind Research Network e mostrou que jogar Tetris pode modificar fisicamente o cérebro de uma pessoa. Dependendo do tempo que for jogado, o Tetris pode tornar certas áreas do cérebro humano mais eficientes.
Segundo o site The Escapist o estímulo causado pelo jogo também faz com que outras áreas do cérebro desenvolvam melhor seu córtex, camada mais externa do cérebro dos seres humanos, aumentando o volume da massa encefálica.
Um dos pesquisadores, o dr. Richard Haier, acredita que o Tetris cria mudanças físicas duradouras na mente, ajudando a retardar o declínio do raciocínio que acontece com o avanço da idade nas pessoas, noticiou o blog GameLife da revista Wired Haier também informou que outros jogos de quebra-cabeça como palavras cruzadas e vídeo game ajudam para alcançar esse benefício.


A pesquisa, publicada esta semana no periódico BMC Research Notes, foi conduzida com 26 adolescentes do sexo feminino que jogaram Tetris por três meses consecutivos e passaram por exames de ressonância magnética antes e depois desse período, noticiou o site New Mexico Business Weekly. Apesar de criticado pela baixa amostragem e pela influência da Blue Planet, que tem interesse na publicidade positiva advinda da pesquisa, o estudo pode ser considerado cientificamente válido, ainda que de pouco alcance.